Edições

Terceira edição

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maio a setembro

Em alturas de crise, é necessário unir vozes, partilhar e continuar. Não podemos suspender uma atividade de valorização e empoderamento de uma comunidade minoritária na sociedade. Num novo formato, alargado a quatro meses, a terceira edição continuou a propor um encontro de várias vozes para produzir pensamento e apelar à mudança social. Enquanto festival interseccional, falámos de questões raciais, cuidados trans, afetos e redes de proximidade, ecofeminismo e curadorias queer.

Proporcionar lugares de debate, reclamar o corpo na cidade, recuperar o contacto comunal e dar visibilidade às comunidades menos representadas continuam como objectivos centrais ao Rama em Flor. De maio a setembro de 2021, o Rama em Flor regressou a Lisboa num ano pandémico, onde apesar das várias limitações de saúde e segurança foi permitido programar cerca de 30 eventos durante quatro meses em variados espaços da cidade.

Em 2021, o festival aconteceu centrado em duas vertentes: música e pensamento. Procurando promover o encontro de várias vozes distintas para produzir ideias e pensamento, as várias atividades seguiram 4 eixos de programação: programa de música, com realização de vários concertos e djsets ao vivo em diferentes espaços da cidade; ‘Corpos no Espaço’ - programa de áudio-passeios disponibilizados no soundcloud do Rama em Flor; ‘Desordem do Conceptual Branco’, um programa de atividades que incluiu conversas, exposições, concertos, sessões de meditação e um filme; e a edição de uma publicação sobre cuidados de saúde trans que tem sido distribuída por vários pontos do país, em Lisboa, Porto, Braga e Coimbra).

Segunda edição

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27 de junho a 1 julho 2018

A segunda edição do Rama em Flor em 2018 foi concentrada em 5 dias, aumentando as áreas geográficas de ação. Às Damas, Lounge, ZDB, Rua das Gaivotas6, juntámos o Museu do Aljube, a UMAR, a FBAUL e a Trienal de Arquitetura como espaços parceiros do festival.

Mantendo a sua interdisciplinaridade, as quatro conversas (Gentrificação, direito à habitação e processos de exclusão; A recolha de dados de origem étnico-racial nos censos; Poesia, Literatura, Intenção e Intervenção Política; Identidade, Género e Violência) procuraram juntar a academia aos coletivos ativistas e artísticos da cidade, olhando para as problemáticas sociais sempre um olhar feminista interssecional.

Pedro Marum, do colectivo XenoEntities, programou o ciclo de cinema que se debruçou sobre o impacto que a vigilância digital tem sobre corpos não normativos, os desejos sexuais e suas práticas.

O programa de concertos possibilitou também a estreia de vários projectos internacionais em Portugal. Destaque para o concerto das Raincoats, figuras-chave do pós-punk que prepararam terreno para o movimento punk feminista riot grrrl, para a inglesa No Bra, e o fortalecimento da relação com a artista tunisina Deena Abdelwahed. Os concertos de Panelas Depressão, Aurora Pinho, Vaiapraia e as Rainhas do Baile e os djsets do colectivo Intera, Gyur b2b Stá, XYSM (tcp Isaac), Odete b2b Mo Probs, consolidaram as relações com os artistas nacionais.

O festival encerrou com uma feira de Fanzines, em colaboração com o Festival Feminista de Lisboa, com o intuito de dar espaço a edições independentes de artistas/ editoras LGBTQ+, não binárias de índole feminista.

O logotipo é de Ana Baliza.

Conversa  Poesia, Literatura, Intenção e Intervenção Política no Museu de Lisboa com Joana Lima, Apolo de Carvalho (Colectivo Djidiu), André Tecedeiro, Joana Matias, Pê Feijó e Rodrigo Vaiapraia.
Foto: Diogo Tomás
Fotografia de The Raincoats, a banda pós-punk britânica dos anos 70 composta por Ana da Silva, Gina Birch e Anne Wood.
Foto: Xipipa

Primeira edição

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7 a 17 setembro 2016

O Rama em Flor surgiu em 2016 com dez dias de programação intensa em vários espaços da cidade: Damas, Lounge, ZDB, Rua das Gaivotas6.

Na música, tal como no resto do programa, há uma clara tendência para colocar as identidades minoritárias em maioria. Shopping, The Younger Lovers, Clementine, Ninaz, Diana Combo e Tiago Silva, Plasma (Jejuno e Raw Forest), Deeana Abdelwahed e djset de The Knife.

O ciclo de cinema focou-se nas questões de género e lutas feministas em Portugal a partir de 1974 com a estreia do documentário "Lost Grrrls: Riot Grrrl in Los Angeles" do cineasta Vega Darling, a exibição de “O caso Sogantal” ou “Fatucha Superstar” e uma série de curtas de cineastas como Leonor Teles, Cláudia Varejão ou Joana Linda no terraço da ZDB.

A programação das conversas levaram a academia à ZDB com “Identidades Transfeministas”, “Amores e Prazeres para lá da norma”, “DIY e Feminismos” e “Arte e Feminismos”. Houve também um workshop de auto-defesa e de criação de poemacto. A Rua das Gaivotas 6 recebeu exposição colectiva "O Teu Corpo A Tua Arena", inspirada na obra Your Body is a Battleground, de Barbara Kruger. Havendo ainda espaço para os concertos de Sallim e LauraL.

O logotipo é de Tiago Batista.

Sobreposição de fotografias do live act da música tunisia Deena Abdelwahed na Festa de Encerramento na Galeria Zé dos Bois.
Foto: Vera Marmelo
Público em contraluz na Festa de Encerramento na Galeria Zé dos Bois.
Foto: Vera Marmelo