23 junho • 18.00h
VALSA
Filipa Bossuet (c) Cirila Bossuet; Sol Duarte (c) Beatriz Júlio; Aicy (c) Aicy
Nesta exposição us artistas trazem diversidade, através de pinturas com toques minimalistas, outras com traços mais carregados e algumas ilustrações. Filipa Bossuet, Sol Duarte e Aicy carregam, nas suas obras de arte, as verdades menos convencionais sobre identidade e questões de género, que muitas vezes passam despercebidas e consequentemente se tornam invisíveis à maioria das pessoas. Esta exposição pretende trazer uma versão crua do que é a vida a partir dos olhos de cada artista, cada ume com vivências únicas, bem como identidades e linguagens diferentes.
Filipa Bousset, 22 anos, mulher do norte que só se recorda dos tempos em Lisboa. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, guiada por uma sede de pesquisar e aprender de forma autónoma. Com um grande interesse pelas artes, desde os 13 anos que realiza vídeos experimentais e que pinta sobre as suas vivências. Vê na pintura uma possibilidade de desconstrução e construção de identidade, com todas as influências que existem ao seu redor. Hoje, a sua arte caracteriza-se por uma multidisciplinariedade de traços a pastel de óleo, fotografia e vídeo sobre a sua existência enquanto mulher, negra, feminista, mas que amanhã poderá ser outra coisa.
Sol Duarte (ele/them), um artiste não binárie da linha de Sintra. Sol descobre-se e constrói-se em paralelo com as suas artes, que diz fazerem parte do seu corpo e das quais em momento algum deseja ser desconectado.
Expressa-se maioritariamente, mas não exclusivamente, através de desenho, pintura e vídeo, maioritariamente, mas não exclusivamente, sobre corpos, os seus e os de outres, físicos e emocionais, terrestres e extraterrestres.
Atualmente a tirar o mestrado de Antropologia Visual e a acabar a sua primeira curta-metragem, filmada durante a quarentena, sobre a sua exploração de género e o seu confronto com as expectativas que existem sobre si , desde criança até ao presente.
Aicy Ray é uma artista negra de origem Guineense licenciada em Arte e Multimédia na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Trabalha em diferentes áreas criativas como animação, ilustração, concept art e banda desenhada, através das quais elabora universos visuais que suportam narrativas de resistência e luta anti-racismo, à transmisoginia e outras violências coloniais. É residente e vice-presidente da Casa T- Centro De Acolhimento, Sociabilização E Autonomia Transvestigenere.
Entrada livre