25 setembro
Voz do Operário
Maria Reis (c) Lourenço Crespo; Trypas Corassão (c) Gadutra; Nídia (c) Marta Pina
Maria Reis lançou este Abril “A Flor da Urtiga”. Gravado na recta final de 2020 em Lisboa em colaboração com Noah Lennox (Panda Bear, Animal Collective), na figura de produtor e co-instrumentista, o disco foi publicado na Cafetra Records, selo que a artista fundou com amigos há mais de uma década. Citando a própria sobre os modos e formas da nova colecção de temas: “O que dói e é bom. Que cresce livre e indomável. A urtiga floresce como todas as outras flores. Canções sobre a família, o amor, o abismo emocional e a integridade - e outras coisas pelo meio.”
A sua discografia a solo inclui “Chove na Sala, Água nos Olhos”, de 2019, celebrado em palco numa monumental noite no Grande Auditório da Culturgest em Fevereiro de 2020, e o EP inaugural “Maria”, de 2017. Para sempre fica o legado da banda rock Pega Monstro que formou e conduziu com a sua irmã Júlia Reis, quer pelas canções e concertos memoráveis, quer pelo exemplo de agência cultural e cívica que promoveram. A Maria tem também vindo a colaborar regularmente com nomes como Sara Graça, Joana da Conceição, Gabriel Ferrandini, Miguel Abras ou Rudi Brito em concertos, apresentações artísticas multimediais, edição de música e de poesia.
Trypas Coração é uma proposta da dupla brasileira Tita Maravilha (atriz, performer, cantora) e Cigarra (concepção sonora, narrativa e poética, artista multimedia e também performer), um projeto estético e político de criação híbrida entre música e performance. Corpos urgentes de mulheridades marginais e fúria travesti numa proposta híbrida e sensual, a dupla traz um live act cheio de ruídos e apelos cremosos. Vencedoras do concurso PULSAR pela Cosmic Burger, preparam agora seu primeiro álbum intitulado “Beleza Como Vingança”. Trypas Coração é um projeto estético-artístico-político, voltado para a estética pós-romântica e over-dramática.
Nídia é uma das vozes de uma geração que tem vindo a transformar o panorama da música electrónica contemporânea internacional a partir de uma base comunitária. Depois da estreia com “Danger” em 2015, enquanto ainda assinava como Nídia Minaj, em 2017 editou na Príncipe o seu primeiro longa duração “Nídia é Má, Nídia é Fudida”. No ano passado seguiu-se uma poderosa trilogia constituída pelo single “Badjuda Sukulbembe”, o EP “S/T” e o álbum “Não Fales Nela Que A Mentes”.
Ao longo do seu caminho tem tocado um pouco por todo o mundo, co-produziu um tema pro último disco de Fever Ray, assinou remixes para outros pares como Kelela, Yaeji, Elza Soares ou Perfume Genius, e terminou o liceu em Bordéus onde até recentemente esteve sediada, tendo ingressado na faculdade em Lisboa.
Entrada: 10€
Lotação limitada. Pré-venda através do email reservas.ramaemflor@gmail.com.
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